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Notas do Mercado Imobiliário – 2 a 8 de junho de 2014

1 de junho de 2014
  • FUGA DO CENTRO A verticalização das cidades, a escassez de terrenos e o aumento do número de veículos em circulação, estão fazendo com que as empresas passem a enxergar as regiões menos centrais como uma boa alternativa de investimento. Nas grandes metrópoles e mesmo nas de porte médio, as pessoas jurídicas estão optando por levar suas sedes para zonas menos turbulentas.
  • PREÇOS NAS ALTURAS O The Wall Street Journal prevê que mais de meio milhão de turistas visitem o Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo, levando às alturas os aluguéis por temporada. Segundo o jornal norte-americano, uma cobertura de três andares, no bairro de Ipanema, foi locada por R$ 1.500.000,00 – até o momento, o maior negócio conhecido. Ainda dá tempo de alguém bater o recorde.
  • IMÓVEL DE FIADOR Tramita no Senado um projeto de lei que visa impedir a penhora da residência do fiador em contrato de locação – hoje possível no caso de inadimplência do inquilino. Independentemente da discussão sobre ser ou não justa tal medida, o fato é que o mercado de aluguéis passará por turbulências se ela for aprovada. As seguradoras que oferecem o seguro fiança, certamente agradecerão.
  • CENÁRIO FAVORÁVEL Para a Federação Nacional dos Corretores de Imóveis, é provável que as compras que as pessoas programaram para 2015, sejam antecipadas para o segundo semestre deste ano. Motivos: os compradores estariam percebendo que os preços não devem cair mais e que será necessário um ajuste fiscal nas contas públicas, reduzindo o crédito no próximo ano.
  • EM COMPASSO DE ESPERA O Governo Federal adiou por tempo indeterminado o anúncio da terceira edição do Programa Minha Casa, Minha Vida, aparentemente por questões relacionadas com a campanha eleitoral que se avizinha. A divulgação da terceira etapa, antes do encerramento da atual, que tem metas previstas até o final de 2014, é importante para o planejamento do setor da construção civil.
  • CHEGARAM OS DRONES Chegou a vez do mercado imobiliário se beneficiar com a tecnologia dos Drones – aqueles veículos aéreos de observação, não tripulados, cujo tamanho varia conforme o uso, inicialmente utilizados só pelos militares. Como acontece com todos os equipamentos modernos, os preços caíram e hoje já é possível se comprar um Drone para filmagens aéreas por cerca de USD 200,00.
  • EMPATANDO COM A INFLAÇÃO Recente pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo apurou que a valorização das residências usadas, verificada nos últimos três anos, empatou com a inflação do período: 20,60% contra 19,39%. Para o CRECI-SP, essa constatação afasta de vez as especulações sobre a formação de uma bolha imobiliária, pelo menos no mercado de imóveis usados.
  • IDADE PARA FIANÇA Apesar de não existir lei proibindo pessoas idosas de prestarem fiança em contrato de locação, tampouco há alguma norma impedindo o locador de estabelecer critérios próprios para a aceitação de fiadores. Assim, da mesma forma que alguém sem bens ou renda pode ser rejeitado como fiador, uma pessoa com determinada idade também o pode.
  • OFERTA RESISTÍVEL Imóveis oferecidos ao mercado há mais de um ano, sem resultado, devem ter suas ofertas repensadas. É preciso avaliar-se, principalmente, se a publicidade está sendo efetiva – e corretamente disponibilizada na internet – e se o imóvel está apresentável aos olhos dos interessados. Qualquer falha em um desses dois motores e a venda estará prejudicada.

Notas do Mercado Imobiliário – 12 a 18 de maio de 2014

11 de maio de 2014
  • SALÁRIO PARA JK De acordo com o Creci-SP, o aluguel de uma quitinete, com cerca de 30 m², localizada num dos melhores bairros paulistanos, é superior ao valor do salário mínimo nacional. Apesar da pesquisa ter sido feita apenas na capital paulista, esse cenário repete-se em boa parte das cidades de médio e grande porte do País, onde o aluguel das melhores JK é semelhante.
  • INFLAÇÃO NA DIANTEIRA O índice FipeZap apurou que, no primeiro quadrimestre do ano, o valor dos imóveis prontos subiu menos (2,48%) que a inflação oficial (2,65%). Em 14 das 16 cidades pesquisadas, os preços não acompanharam a inflação. Para os analistas, essa acomodação é uma tendência que vem sendo observada nos últimos meses e representa um certo pessimismo com o estado da economia.
  • MÉDIA DO METRO QUADRADO Segundo o Anuário do Mercado Imobiliário Brasileiro, da Lopes, no ano passado São Paulo registrou o preço médio mais alto do metro quadrado em lançamentos residenciais (R$ 8.470,00), enquanto que Natal ficou com o valor mais baixo (R$ 4.340,00). Ainda em 2013, o VGV dos lançamentos foi de R$ 90 bilhões, com os apartamentos representando quase 80% do total.
  • PREÇO & NATALIDADE Os economistas que elaboraram um estudo intitulado “House prices and birth rates”, na Universidade de Maryland (EUA), concluíram que a cada aumento de dez mil dólares no preço médio dos imóveis norte-americanos, a taxa de natalidade cresce 5% entre os casais que tem casa própria e diminui 2,4% entre aqueles que pagam aluguel.
  • FEIRÕES COM DINHEIRO Maio é o mês em que tradicionalmente são realizados, em todo Brasil, os feirões da casa própria, numa iniciativa da Caixa Econômica Federal. A CEF informa que, em 2014, pretende aumentar de R$ 135 para R$ 155 bilhões o montante dos financiamentos habitacionais a serem concedidos em todo o País. Mas por enquanto a liberação dos empréstimos segue em marcha lenta.
  • VANTAGEM ESQUECIDA Um expressivo desconto, garantido aos compradores da primeira casa própria através do Sistema Financeiro da Habitação, é ignorado ou esquecido por boa parte das pessoas. De acordo com a Lei nº 6.015/73, tal adquirente tem direito a um abatimento de 50% nas custas cobradas pelos cartórios de imóveis, para o registro da escritura ou do contrato de compra e venda.
  • CORRETAGEM NO CÓDIGO Depois de mais de 10 anos de vigência, os artigos do Novo Código Civil (NCC) que tratam da corretagem, começam a ser mais sentidos no mercado. Pelo Código vigente, corretores e imobiliárias têm a obrigação de prestar aos seus clientes todos os esclarecimentos acerca da segurança e do risco do negócio, sob pena de terem de indenizar o prejudicado.
  • DESPREPARO PROFISSIONAL Uma das principais causas da elevação do custo da construção em todo o País, é a falta de mão de obra capacitada. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, apenas 17,8% dos trabalhadores ocupados na construção civil têm cursos de educação profissional. Essa desqualificação gera desperdício de materiais e perda de horas de trabalho pela má execução de projetos.
  • DICA DO JOBS Um dos ensinamentos deixados pelo “pai” da Apple aos vendedores (incluindo os corretores), é a importância de se dedicarem fortemente à sua qualificação profissional. Para Steve Jobs, frequentar seminários e conferências, ler revistas e blogs especializados, assistir cursos na internet acrescentam conhecimentos que serão facilmente percebidos e valorizados pelos seus prospects e clientes.

Notas do Mercado Imobiliário – 13 a 19 de janeiro de 2014

12 de janeiro de 2014
  • MERCADO OTIMISTA Em 2013, a valorização imobiliária superou de longe a inflação medida pelo IGP-M (5,51%), e em 2014 a expectativa é que o mesmo fato se repita. Animam os empreendedores o crescimento da renda da população e o baixo nível de desemprego, além do fato de vivenciarmos um ano eleitoral. Além disso, hoje os estoques de imóveis novos são inferiores aos de um ano atrás.
  • CRÉDITO IMOBILIÁRIO De acordo com o Banco Central, o crédito imobiliário no País, até o mês de novembro de 2013, já havia alcançado a casa dos R$ 333 bilhões. Apenas nos primeiros 11 meses do ano passado, os empréstimos montaram R$ 99 bilhões – um aumento de 31% na comparação com igual período de 2012. Para 2014, a previsão é que esse tipo de crédito continue crescendo acima da média.
  • EMPRÉSTIMOS FACILITADOS As mudanças introduzidas no crédito imobiliário na última década, facilitaram a expansão do mercado de imóveis. A renda mínima exigida para a contratação de um mútuo imobiliário, por exemplo, foi reduzida ao longo dos anos; em 2005, era necessária uma renda familiar de pelo menos quinze salários mínimos, exigência essa que caiu atualmente para cinco salários.
  • POUPANÇA RECORDE A poupança encerrou o ano de 2013 com 42,9% a mais de recursos que em 2012. Apenas no último mês de dezembro, houve uma captação positiva de R$ 11,2 bilhões, o maior valor mensal desde 1995. Como não existe no horizonte nenhum sinal que a poupança poderá sofrer qualquer espécie de retração em 2014, dinheiro não deverá faltar para financiar o mercado imobiliário via SFH.
  • IMÓVEIS EM ALTA Segundo o índice FipeZap, os preços dos imóveis prontos tiveram uma alta média de 13,7%, em 2013, nas principais cidades. Apesar do crescimento ter sido um pouco menor que em 2012, os analistas avaliam positivamente a performance do mercado, principalmente porque uma boa parte do aumento ocorreu no segundo semestre do ano passado, devendo repercutir em 2014.
  • ESTAMOS EM 7º Conforme a Knight Frank, consultoria imobiliária londrina, o Brasil é o sétimo país do mundo onde os imóveis tiveram a maior valorização anual. Entre os dez primeiros, estamos atrás de Dubai, China, Hong Kong, Taiwan, Indonésia e Turquia, e na frente da Colômbia, Alemanha e Estados Unidos – nessa ordem. Os preços das residências nos países estudados já seriam 4% maiores que o pico, verificado em 2008.
  • LIMITE DOS JUROS O Banco Central fixou em 12,6726% ao ano a taxa máxima de juros para uso, em janeiro, nos contratos de financiamentos imobiliários prefixados do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). É uma consequência da remuneração básica dos depósitos de poupança ter sido estipulada em 0,6005% para o mesmo mês. O mercado estima que essas taxas não devem variar no curto prazo.
  • ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS O endividamento dos brasileiros com o sistema financeiro nacional atingiu um novo patamar, alcançando 45,38% da renda no mês de outubro de 2013 – recorde da série histórica iniciada pelo Banco Central em 2005. Todavia, quando abatidos os débitos de natureza imobiliária, que também representam um investimento, esse endividamento de reduz em um terço, caindo a 30,08%.
  • DIVERGÊNCIA DIRIMIDA A Receita Federal, através da Solução de Divergência nº 39, acaba de reconhecer que as incorporadoras imobiliárias, se optantes pelo regime de tributação do lucro presumido, e com vistas ao pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, podem reconhecer sua receita pelo regime de caixa ou de competência.