Notas do Mercado Imobiliário – semana de 27 de agosto a 2 de setembro

26 de agosto de 2012
  • MAIS GENTE NAS CIDADES De acordo com a ONU, apenas 10% da população brasileira deverá estar vivendo em áreas rurais daqui a 8 anos. Considerando-se o número atual de habitantes do País, isso significa que aproximadamente outros 19 milhões de pessoas passarão a morar em zonas urbanas por volta de 2020. Uma pressão considerável sobre o mercado imobiliário, que já apresenta um déficit de cerca de 8 milhões de moradias.
  • O QUE SE PAGA ALÉM DO PREÇO Normalmente, o comprador de um imóvel preocupa-se apenas com o preço a pagar, mas há alguns gastos acessórios que acabam pesando na conta. Isso porque são do adquirente o imposto de transmissão e as custas da escritura e do seu registro no cartório de imóveis, que chegam a alcançar 4% do valor do negócio – isso sem calcular as despesas com eventual liberação de financiamento habitacional e/ou FGTS.
  • LOCAÇÃO: PREFERÊNCIA PELOS COMPACTOS Um conceito bastante antigo e brasileiro, é o de comprar imóveis para locar com a finalidade de criar ou complementar renda. E continua a ser uma ideia bem aceita por todos, especialmente nos dias que correm, onde o rendimento das aplicações financeiras está quase sendo alcançado pelos aluguéis. Atualmente, mudou apenas o foco do investimento imobiliário, que passou a ser os imóveis compactos, de até dois dormitórios e 60m², cujo custo/benefício é maior.
  • O FUTURO DIGITAL Antigamente eram os sites e os blogs, depois vieram os hot sites e as redes sociais e agora é a vez dos QR Codes (uma espécie de código de barras) e dos aplicativos para dispositivos móbile. Nas grandes cidades, folders e prospectos já começaram a entrar em desuso pelos corretores, que estão preferindo usar seus tablets e smartphones para fazer a demonstração dos empreendimentos, incluindo apresentações digitais, em 3D ou 360º. É a avalancha digital apontando novos rumos para o setor imobiliário.
  • OFERTANDO O SEU USADO Com o desaquecimento da demanda, muitos imóveis foram parar na prateleira dos “encalhados”, situação que deve levar seus proprietários a reavaliarem as estratégias de venda ou locação. Se o preço estiver de acordo com o mercado, o passo seguinte é verificar se a divulgação na internet está sendo feita corretamente, pois caso contrário é grande a chance dele continuar parado.
  • TODOS DESEJAM LAZER Como a nova classe média já está podendo transformar em realidade o sonho da casa própria, o desejo agora é adquirir apartamentos localizados em prédios com boa infraestrutura de lazer. Por isso, o conceito de condomínio-clube vem ganhando cada vez mais adeptos entre os 40 milhões de brasileiros emergentes. Academia, piscina, quadra poliesportiva, kids club passaram a ser itens com forte apelo para a batida do martelo.
  • DOBROU A ENTREGA DE CASAS AOS BANCOS Isso aconteceu na Espanha. Em um ano, duplicou o número de imóveis hipotecados entregues às instituições financeiras por mutuários e por incorporadoras que não conseguiram honrar seus compromissos. O valor de mercado desses bens chega a incríveis 33,5 bilhões de euros. Receia-se que o problema se alastre para Itália, Portugal e Grécia, onde as taxas de desemprego e os juros estão em constante ascensão.
  • UM MERCADO RETRAÍDO Para o famoso Wall Street Journal, o boom imobiliário no Brasil já se esgotou. Conforme o jornal americano, o setor deverá continuar crescendo, mas num ritmo mais tranquilo e sem grande oscilação nos preços. A tendência, agora, seria a redução do número de lançamentos, até que o mercado absorva os que já foram disponibilizados pelas construtoras.
  • TERRENOS PERDEM FORÇA O arrefecimento do mercado é perceptível também na dificuldade que os proprietários de terrenos bem localizados estão enfrentando para negociá-los. O que até bem pouco tempo atrás era considerado um cheque nas mãos, hoje virou um produto comum. Mesmo a permuta de terreno por área construída não está encontrando grande receptividade, diante da cautela adotada pelas incorporadoras quando se trata de lançar novos empreendimentos imobiliários.