Notas do Mercado Imobiliário – semana de 20 a 26 de agosto

19 de agosto de 2012
  • A 24 POR HORA Pesquisa realizada pela Lopes mostra que, a cada hora, 24 apartamentos, salas ou quartos de hotel são colocados à venda no Brasil. As cidades com mais ofertas são, pela ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Distrito Federal, Belo Horizonte e Curitiba. Por outro lado, segundo a mesma fonte,  aproximadamente 19 milhões de brasileiros deverão sair em busca de casa própria nos próximos dois anos.
  • A VEZ DOS PEQUENOS Como os preços não caíram como se esperava, os compradores começam a se adequar à realidade. Em São Paulo, capital, mais da metade das unidades negociadas no primeiro semestre tinham menos de 50 m² de área privativa. Na outra ponta, apartamentos e casas de 4 dormitórios tiveram suas vendas reduzidas em 30%. Pelo mesmo dinheiro, menos metros quadrados.
  • E TAMBÉM DOS COMPACTOS Na onda da compactação, estão os apartamentos do tipo quitinete e os de um e dois dormitórios, cuja procura é capitaneada por pessoas que vivem sozinhas e por casais com no máximo um filho. A maioria ascendeu à classe média recentemente e seu sonho de consumo é morar em condomínios situados em bairros charmosos e dotados de alguma infraestrutura de lazer.
  • SUBIU O PREÇO DOS USADOSO mercado dos usados aparenta continuar em crescimento. Segundo pesquisa realizada pelo Creci-SP, o valor médio desses imóveis quase dobrou em São Paulo, na comparação dos primeiros semestres de 2011 e 2012. Os que mais aumentaram foram os imóveis com acabamentos simples e com idade superior a oito anos. A alta, contudo, foi generalizada, conforme o mesmo levantamento.
  • CONSTRUTORAS NA MIRA De acordo com levantamentos dos órgãos de defesa do consumidor, o número de reclamações apresentadas contra construtoras no primeiro semestre de 2012 superou em 40% a quantidade de queixas formuladas no mesmo período de 2011 – e a tendência é de crescimento. Em todo o País, os maiores protestos estão relacionados com atraso na entrega das obras, defeitos construtivos e atualização incorreta dos saldos devedores.
  • MELHOR PREVENIR QUE REMEDIAR Como a maioria dos problemas hoje denunciados pelos consumidores poderiam ter sido evitados, a ordem agora é prevenir. Uma lei de 1.964 autoriza os adquirentes de unidades autônomas a formarem uma comissão de representantes para fiscalizar o andamento de uma construção, a qualidade dos materiais e da mão de obra e seu cronograma físico-financeiro, de forma que eventuais problemas possam ser detectados no devido tempo.
  • BOLHA DE OFERTA O expressivo volume de imóveis disponibilizados a partir de 2009, conjugado com a retração do consumo, sentida nos últimos meses, levou muita gente a pensar na formação de uma bolha imobiliária por excesso de oferta. Não é o caso. Eventual sobra de imóveis não significará perigo para o mercado, mas apenas para incorporadoras não capitalizadas; nessa hipótese, caberá somente ao consumidor adotar os cuidados necessários para não adquirir gato por lebre.
  • BOLHA DE DEMANDA Na outra ponta, o volume de crédito e as taxas de juros postos à disposição dos consumidores é insuficiente para a formação de uma bolha de demanda, caracterizada pela facilidade das pessoas comprarem imóveis além das suas posses, até para especulação. No Brasil, a liberação dos financiamentos habitacionais ainda segue bons padrões e as taxas de juros não são convidativas, exceção feita aos mútuos destinados apenas à baixa renda.
  • INTERNET NA DIANTEIRA Outra pesquisa que vem confirmar o que já se sabe: o meio digital é o mais usado pelos interessados na compra ou locação de imóveis. De acordo com levantamento efetuado pela Brookfield Incorporações durante um ano, 48% das pessoas começam as buscas na internet (a maioria pelo Google), contra 8% em jornais, 4% em revistas e 2% via televisão. Em segundo lugar, com 29%, apareceram corretores e imobiliárias.