Notas do Mercado Imobiliário – semana de 6 a 12 de maio

5 de maio de 2013
  • MERCADO OTIMISTA Conforme a administradora Lello, no primeiro trimestre de 2013 cresceu 26% a venda de residências usadas na capital paulista, em comparação com igual período do ano passado. O levantamento também mostrou que os apartamentos com dois e três dormitórios e garagem foram os imóveis mais procurados. O valor médio das transações ficou em R$ 500 mil (igual ao de 2012).
  • FINANCIAMENTOS SEM AUMENTO Apesar da elevação da taxa Selic para 7,5% ao ano, a expectativa do mercado é que esse aumento não repercutirá no setor imobiliário. Os vendedores que concedem financiamentos diretos aos compradores trabalham com taxas que independem da Selic, e os bancos privados já afirmaram que não têm intenção de alterar os juros dos financiamentos habitacionais.
  • MÚTUOS EM ALTA Apesar de ser um percentual ainda diminuto em relação às economias do Primeiro Mundo, o volume dos financiamentos imobiliários no Brasil saltou de 5,7% para 7,1% do PIB entre março de 2012 e março de 2013. Considerando-se as operações de pessoas físicas e jurídicas, os mútuos aumentaram 32,9% nos últimos doze meses, alcançando um saldo de R$ 318 bilhões.
  • FRAUDES NO PMCMV Embora seja uma operação difícil de ser posta em prática, o Governo Federal e a CEF dizem que começarão a fiscalizar casas e apartamentos vendidos dentro do PMCMV, para verificar se estão sendo habitados pelos mutuários. Em todo o País, é grande o número de denúncias envolvendo a revenda e a locação desse tipo de imóvel, situações que podem resultar no desfazimento do negócio.
  • COMPRA ROMPE LOCAÇÃO É o adquirente de um imóvel alugado, e não quem o está vendendo, o titular do direito de despejar o inquilino. E isso se, no prazo de 90 dias, contados da data do registro do instrumento que formalizou a aquisição no Cartório de Imóveis, o comprador notificar o locatário, por escrito e com comprovação de recebimento, a desocupar o imóvel em no máximo noventa dias.
  • PREÇOS EM DESACELERAÇÃO O preço do metro quadrado anunciado no portal Zap subiu 1,1% em abril, fazendo com que a alta acumulada nos primeiros quatro meses de 2013 alcançasse 3,9% – bem menor do que os 5,3% verificados no mesmo período do ano passado. Essa tendência à desaceleração na elevação dos preços se confirma no acumulado dos últimos 12 meses: em abril de 2012, o índice FipeZap Composto era de 21,8%, caindo para 11,9% em abril deste ano.
  • OS SETE MAIS No ano passado, os sete maiores mercados imobiliários brasileiros foram, respectivamente: Fortaleza (R$ 2,40 bilhões), Salvador (R$ 2,66 bilhões), Porto Alegre (R$ 2,98 bilhões), Distrito Federal (R$ 3,33 bilhões), Belo Horizonte (R$ 3,91 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 11,14 bilhões na região metropolitana) e São Paulo (R$ 28,48 bilhões, também na sua região metropolitana).
  • CRISE POR PERTO Sem dinheiro para dar prosseguimento às obras, empresas espanholas e norueguesas simplesmente abandonaram empreendimentos imobiliários que construíam no litoral do Rio Grande do Norte. Por enquanto, a quebra prejudica apenas operários nordestinos e compradores europeus que confiaram em anúncios onde David Beckham aparecia como garoto-propaganda.
  • IMÓVEIS EM BUENOS AIRES Muitos investidores internacionais estão dirigindo seus olhares para a capital portenha, onde bons imóveis estão sendo negociados na faixa dos 2.000 dólares o metro quadrado – bem menos do que há alguns anos. Assim como na Europa, os negócios imobiliários na Argentina também entraram em recessão; só no primeiro trimestre de 2013, a queda foi de 41,3%.