Notas do Mercado Imobiliário – semana de 3 a 9 de junho

3 de junho de 2013
  • FINANCIAMENTO DOS USADOS O crescimento do crédito em São Paulo, destinado à aquisição de imóveis usados, foi mapeado pela Lello. Em 2009, segundo o levantamento, 36% desses imóveis foram vendidos com financiamentos; em 2010, esse percentual subiu para 39%; em 2011, saltou para 45%, e em 2012 manteve-se nos 45%. Já no primeiro trimestre de 2013, verificou-se um novo aumento, para 58%.
  • MULTA VIROU LEI A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, promulgou lei estabelecendo que as empresas construtoras e incorporadoras deverão pagar uma multa de 2%, mais 0,50% por mês de atraso na entrega de imóveis alienados na planta ou em construção, ambas calculadas sobre o valor total do contrato de promessa de compra e venda. A norma é válida apenas para os consumidores cariocas.
  • RENEGOCIAÇÃO DE MÚTUOS Apesar da jurisprudência não ser pacífica quanto ao tema, a Lei Federal nº 8.692, de 1993, garante aos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação o direito de postular a renegociação dos seus débitos, quando o valor da prestação superar o comprometimento de renda inicialmente contratado (que em nenhuma hipótese pode superar 30% dos rendimentos do comprador).
  • PORCENTUAL ABUSIVO Várias decisões judiciais confirmam que multas superiores a 10%, cobradas de quem desiste de adquirir um imóvel após a assinatura da promessa de compra e venda, são abusivas. Como em muitas situações tal percentual é insuficiente para cobrir os prejuízos, cabe aos vendedores deixar claro nos contratos o que poderá ser cobrado em caso de desistência do comprador.
  • MANUTENÇÃO PREDIAL É compreensível que as pessoas tentem evitar despesas. Todavia, em se tratando de imóveis, é bom não confundir gasto com investimento. Segundo a Lei de Sitter, cada centavo (mal) poupado na manutenção de um imóvel, precisará ser multiplicado por cinco dentro de um ano, e assim sucessivamente, numa progressão exponencial.
  • IMÓVEIS PROBLEMÁTICOS Como se sabe, não é aconselhável alguém adquirir imóvel com algum tipo de restrição lançada na sua matrícula. Porém, além disso, débitos com a Fazenda Pública, com despesas condominiais e com credores em geral – especialmente previdenciários e trabalhistas –, também são fantasmas que precisam ser exorcizados pelos compradores, mesmo quando não lançados na matrícula.
  • NEGÓCIOS NAS REDES Nos últimos tempos, não é mais possível se dissociar marketing imobiliário digital de redes sociais, especialmente Facebook e Twitter. No entanto, muita gente ainda se pergunta – e com razão – se o tempo gasto com amigos on line e com seguidores é recompensado financeiramente. A resposta é sim, desde que essas ferramentas não sejam vistas apenas como um quadro de anúncios.
  • 80% DE AUMENTO De acordo com dados do Cofeci, atualmente existem 285 mil corretores de imóveis registrados nos conselhos estaduais, em todo o País – o que representa um aumento de 80% em apenas cinco anos. Grande parte desses novatos tem entre 25 e 45 anos, quase metade possui curso superior e cerca de dois terços são homens. Claro que não foram contabilizados os corretores “informais”.
  • COMO SE DESTACAR Parece complicado, mas não é. Como em qualquer atividade liberal, um corretor de imóveis somente ganhará prestígio (e clientes) na medida em que atuar de acordo com o que dele esperam as outras pessoas. E o que elas esperam? Basicamente, que seja um profissional conhecedor do mercado imobiliário, com capacidade de negociação e que sabe o que faz.