Notas do Mercado Imobiliário – semana de 10 a 16 de junho

10 de junho de 2013
  • A CLASSE “C” IRÁ ÀS COMPRAS Cerca de 37% dos brasileiros que integram a classe C, também chamada de “a nova classe média” , querem comprar a casa própria dentro de um ano. Esse percentual sobe para 42% entre as pessoas com idade entre 35 e 44 anos. Segundo as pesquisas, uma das prioridades atuais da classe C é morar bem, pagando preços que não ultrapassem R$ 300 mil.
  • REDUÇÃO DE PRAZO OU DE PRESTAÇÃO? Sempre que um mutuário quiser amortizar seu financiamento habitacional (inclusive com o uso do FGTS), recomenda-se que prefira reduzir o prazo ao invés da prestação. Isso porque, como os juros são cobrados sobre o saldo da dívida, quanto menor o tempo, menores os juros. Ademais, antecipando o prazo, o devedor também reduzirá os gastos com seguros e taxa de serviços.
  • VALORIZAÇÃO DA PERIFERIA Na média, em todo o País, os bairros que mais se valorizaram foram os mais afastados dos centros das grandes cidades. Isso se explica pelo expressivo aumento dos preços dos terrenos localizados em regiões nobres, fazendo com que construtoras, incorporadoras e mesmo investidores começassem a buscar opções menos custosas nas periferias.
  • RECORDE DE FINANCIAMENTOS Só nos primeiros cinco meses de 2013, a Caixa Econômica Federal contratou R$ 51,2 bilhões através da sua carteira de crédito imobiliário – uma alta de quase 40% em relação a igual período de 2012. Daquele total, R$ 31 bilhões destinaram-se à aquisição de imóveis prontos (novos e usados) e R$ 20,2 bilhões ao financiamento para produção de empreendimentos habitacionais.
  • EX-AUTORIDADES NO MERCADO O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e dois dos seus ex-ministros, Pedro Parente e Celso Lafer, mais sete outras pessoas, resolveram constituir um grupo de investimentos cujo objetivo será construir imóveis. Segundo FHC, a ideia surgiu porque os rendimentos financeiros são muito baixos. Se alguém tinha alguma dúvida sobre o mercado imobiliário, aí está a resposta.
  • INVESTIDORES SATISFEITOS Conforme o Índice FipeZap Ampliado, o preço médio dos imóveis residenciais subiu 4,9% em todo o País, em 2013, alcançando R$ 6.748,00 o metro quadrado no mês de maio. No acumulado dos últimos 12 meses, a elevação foi de 14,1%. Com uma alta superior a 1% ao mês (afora aluguéis), os investidores imobiliários não têm do que se queixar.
  • JURO NO PÉ É LEGAL O Superior Tribunal de Justiça alterou seu entendimento quanto à possibilidade de serem cobrados juros dos compradores de imóveis em construção, ainda antes da entrega das chaves. De acordo com a atual posição do STJ, como o incorporador está bancando o capital necessário ao andamento das obras – o que seria responsabilidade do adquirente -, é legal a cobrança do chamado juro no pé.
  • DEVOLUÇÃO DE PAGAMENTOS Algumas incorporadoras ainda estipulam em contrato que, no caso de rescisão da promessa de compra e venda por culpa do adquirente, os valores recebidos por conta do preço serão devolvidos somente depois de terminadas as obras. Trata-se, entretanto, de cláusula ilegal, já que a empresa está obrigada a devolver imediatamente tais valores, descontadas as penalidades pactuadas.
  • ANEXOS AOS CONTRATOS Embora muitos contratantes não saibam, os instrumentos de compra e venda de imóveis na planta têm sempre dois anexos: o memorial descritivo da obra, arquivado no registro imobiliário, e sua publicidade, mesmo que não ostensiva. Isso em virtude da Lei das Incorporações e do Código de Defesa do Consumidor, que vinculam o memorial e a publicidade ao negócio entabulado.