Notas do Mercado Imobiliário – semana de 18 a 24 de junho

18 de junho de 2012
  • CONVENÇÃO É LEITURA OBRIGATÓRIA Embora seja de importância vital para o dia a dia futuro do adquirente, ainda é comum as pessoas comprarem apartamentos sem ao menos passar os olhos pela convenção do condomínio do edifício, preocupando-se apenas com o teor das escrituras ou dos contratos de promessa de compra e venda. Como é na convenção que estão regulados todos os direitos e deveres dos condôminos, inclusive a forma de rateio das despesas comunitárias, adquirir um imóvel sem antes lê-la pode trazer surpresas desagradáveis ao novo proprietário.
  • POPULARES EM BAIXA Após terem feito a alegria de muitas construtoras nos últimos três anos, os chamados imóveis populares, principalmente aqueles enquadrados no Programa Minha Casa, Minha Vida, começam a causar preocupação. Embora todo mundo soubesse deles, parece que os riscos inerentes a esse tipo de obra – rentabilidade reduzida, responsabilidade civil duradoura, mercado oscilante etc. – não foram levados na devida conta.
  • POPULARES EM ALTA Uma preocupação é o crescente estoque de imóveis populares em poder das construtoras, resultado do ainda baixo poder aquisitivo das classes D e E, da dificuldade dos consumidores dessas classes fazerem a comprovação da renda mínima exigida e da inadimplência de uma boa parte dos potenciais compradores, que devido a “negativação” dos seus nomes ficam impedidos de tomar financiamentos habitacionais.
  • CAMPEONATO DE VALORIZAÇÃO Brasil e Índia tiveram a duvidosa honra de ganhar o campeonato mundial de valorização imobiliária, entre janeiro e março de 2012. Em levantamento realizado pela Global Property Guide, empresa internacional de pesquisas, os dois integrantes do BRIC ficaram à frente de outros trinta e quatro países pesquisados. Nossos imóveis teriam se tornado, em média, 20% mais caros.
  • JUROS NA PLANTA Reviravolta nos tribunais: o Judiciário passou a entender que pode ser contratada a cobrança de juros sobre os saldos devedores de consumidores que comprarem imóveis na planta. Anteriormente, o Superior Tribunal de Justiça tinha jurisprudência consolidada no sentido de que essa remuneração financeira só podia ser exigida após a entrega das chaves do imóvel. Ruim para os compradores, bom para as incorporadoras.
  • MUTUÁRIOS CONTENTES A Associação Brasileira dos Mutuários de Habitação conseguiu que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília) julgasse favoravelmente aos seus filiados um pedido de quitação de resíduos de financiamentos imobiliários celebrados até o ano de 1987. Para aquele TRF, a responsabilidade pelo pagamento desses resíduos deve ser atribuída ao Fundo de Compensação de Variações Salariais. A Caixa Econômica Federal, ré na ação, deverá recorrer ao STJ para tentar reverter a decisão.
  • CRESCE A VENDA DOS NOVOS Levantamento divulgado pelo SECOVI-SP mostra que no primeiro quadrimestre do ano o número de imóveis residenciais novos vendidos na capital paulista aumentou 12,5%, comparativamente com o mesmo período de 2011. Em reais, o crescimento foi menor, de aproximadamente 7%. Os imóveis com dois e três dormitórios foram os mais negociados, alcançando 85% do total das transações.
  • OS USADOS ACOMPANHAM Já o CRECI-SP informou que as vendas de imóveis residenciais usados aumentaram 14,9% no primeiro trimestre do ano, com os apartamentos disparando na preferência dos compradores (78%). Acompanhando o bom momento do mercado paulistano, os preços desses usados também subiram acentuadamente, emplacando 14,5% em três meses. Até as locações residenciais se deram bem, com um crescimento de expressivos 13,8%.
  • E SÃO PAULO SURPREENDE Com a economia brasileira em franco processo de desaceleração, o crescimento das vendas de imóveis novos e usados no mercado paulista de residências chega a surpreender. Mais ainda se considerarmos que cerca de dois terços dos negócios se concentraram em imóveis de valor superior a R$ 200 mil. Aparentemente, os paulistanos estão mais otimistas do que o restante da nossa população.