Notas do Mercado Imobiliário – semana de 30 de abril a 6 de maio

30 de abril de 2012
  • NA SUIÇA TAMBÉM SE LAVA Apesar do país ser considerado um dos baluartes mundiais em matéria de ética financeira, na Suiça também se lava dinheiro no mercado imobiliário. Grandes quantias, vindas de todas as partes, especialmente da Rússia, são investidas em imóveis porque, ao contrário do Brasil, lá é possível a aquisição de um desses bens por qualquer valor, sem que o comprador precise explicar a origem do dinheiro. Os portugueses são quem tem razão ao chamar essa prática mundial de “branqueamento”.
  • A INTERNET E OS PORTAIS IMOBILIÁRIOS Não há a menor dúvida de que o presente e – principalmente – o futuro das ofertas imobiliárias passam pelo mundo virtual. O crescente espaço que os proprietários tem para postar textos, fotos comuns e em 3D, imagens, filmes etc., aliado a um custo cada vez mais baixo e a uma velocidade de navegação cada vez mais alta, mostram que não existe nenhum outro meio de divulgação capaz de concorrer como a internet. Os anunciantes devem ficar atentos especialmente aos portais imobiliários, que por congregarem ofertas de vários sites, estão se tornando os locais preferidos para as buscas de imóveis.
  • MARKETING VIRTUAL SOCIAL Outro meio virtual que se consolidou como efetivo propagador do mercado de imóveis são as redes sociais, com destaque para o Facebook e o Twitter. Já é grande o número de campanhas exitosas que os marqueteiros que operam no ramo conseguiram emplacar, em particular aquelas destinadas a ressaltar um empreendimentos ou uma marca imobiliária. O chamado “boca-a-boca virtual” é muito mais forte do que muita gente pensa.
  • THE HOUSE HUNTERS, AGAIN Uma nota publicada aqui na semana passada gerou muitas perguntas de leitores. A maior parte quis saber qual a qualificação profissional exigida para alguém atuar como house hunter. Resposta: nenhuma, pois o “caçador” normalmente é assalariado e a função não exige que ele tenha registro no Creci. Sua atividade é encontrar imóveis que possam ser disponibilizados para locação ou para venda, mas quem “fecha” a captação é um corretor.
  • INTERESSANTE, MAS PARA POUCOS O consórcio é uma antiga e relativamente boa opção para quem quer comprar determinado bem à vista e não tem pressa. Alcançou sucesso quanto a móveis e automóveis, porém ainda não deslanchou no mercado imobiliário. É bastante provável que isso decorra da forte concorrência que lhe faz o financiamento habitacional, que permite ao consumidor a aquisição e uso imediato do imóvel – condição essencial para aqueles que, por exemplo, querem sair do aluguel.
  • COMPRANDO IMÓVEL NA PLANTA Diante do volume de informação posto à disposição dos consumidores nos últimos tempos, chega a ser surpreendente que ainda existam compradores de imóveis absolutamente desinformados sobre os seus direitos. Os mais desatentos são os adquirentes de imóveis na planta, que majoritariamente não se dão ao trabalho de verificar se o lançamento tem incorporação registrada e se o texto da promessa de compra e venda estabelece prazo certo para a entrega da obra.
  • REDUÇÃO DE JUROS E VENDA CASADA Grandes campanhas publicitárias inundaram jornais, rádios e televisões nos últimos dias, noticiando a redução dos juros nos mútuos habitacionais e incentivando as pessoas a contratarem empréstimos imobiliários. Tais propagandas não explicam, contudo, que a diminuição das taxas só beneficia quem também contrata cartão de crédito, cheque especial, seguro etc. com o banco financiador. É mais um daqueles casos de falta de memória coletiva dos fornecedores, que esquecem que o Código de Defesa do Consumidor proíbe expressamente esse tipo de “venda casada”.
  • SEGURO FIANÇA x TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO Para quem deseja alugar um imóvel e não quer pedir fiança, restam as alternativas do seguro fiança e do título de capitalização (a caução em dinheiro caiu em desuso). O seguro, na maioria das vezes, sai mais caro do que a capitalização, mas como exige menos investimento inicial, acaba por se tornar a opção favorita dos inquilinos. Outro claro sintoma do endividamento dos brasileiros.
  • GOOGLE ACREDITA NO MOBILE O Google divulgou um estudo no qual aponta para o predomínio do móbile daqui a três anos. De acordo com a empresa, a venda de tablets ultrapassará a de computadores pessoais (PC) nesse período, promovendo outra revolução no mundo da informática. Como no médio prazo os celulares deverão se transformar em smartphones e no Brasil já existam mais telefones móveis do que habitantes, é aconselhável que os operadores do mercado imobiliário comecem a se adaptar a essa nova fase da virtualidade dos negócios.