Notas do Mercado Imobiliário – semana de 23 a 29 de setembro

22 de setembro de 2013
  • MÚTUOS AQUECIDOS Para a Sociedade Latino-Americana de Mercado Imobiliário, a procura por financiamentos imobiliários está aquecida no Brasil por conta das boas condições de emprego e renda da população – o que é saudável para a economia, na medida em que esse tipo de crédito gera riqueza e movimenta o Produto Interno Bruto. A inadimplência está inferior a 2%.
  • APENAS 6% DO PIB Estudo realizado pela Bain & Company mostra que a penetração do crédito imobiliário no PIB brasileiro é de apenas 6%, enquanto em outros países este valor é bem superior, alcançando 64% na Espanha e 77% nos EUA. Com base neste indicador, o Brasil ainda tem fôlego para aumentar em muito a penetração do crédito imobiliário, podendo até triplicá-la em cinco anos.
  • MINHA CASA, MINHA VIDA O programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, já financiou cerca de 1.300.000 moradias entregues em todo o Brasil. Outras 1.560.000 casas próprias estão sendo construídas, e mais 890.000 deverão ser contratadas até o final de 2014. Trata-se de um dos maiores planos habitacionais do mundo, destinados à famílias de baixa renda, que deve se mantido nos próximos anos.
  • NÃO HÁ BOLHA Segundo a consultoria Bain & Company, no estudo intitulado “Risco de bolha ou motor de crescimento?”, não existe evidência de bolha imobiliária no País. Além do mais, o levantamento comparou o Brasil com sete países nos quais houve crise imobiliária (Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Irlanda, Portugal e Reino Unido) e constatou que o nosso risco é baixo.
  • OU É FROUXA Para a mesma Bain & Company, o nível atual de comprometimento de renda, que vem se aproximando de uma zona mais crítica, e a valorização dos imóveis, cujos preços aumentaram com o dobro da velocidade do crescimento da renda familiar, são os itens que mais merecem a atenção do mercado. Ainda assim, se uma bolha viesse a se formar, seria de baixa intensidade.
  • CUSTO IMOBILIÁRIO Para o mercado imobiliário, o Judiciário é um dos itens que integra o chamado “custo Brasil”. O sistema de crédito imobiliário, por exemplo, criado no País em meados da década de 60, acabou inviabilizado pela Justiça, que deixou sem valor a garantia hipotecária. Somente com a criação do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que em 1997 instituiu a alienação fiduciária de imóveis, esse tipo de crédito voltou a ganhar novo fôlego no País.
  • PREÇO MÉDIO – I De acordo com o Agente Imóvel, o preço médio do metro quadrado da construção, nas maiores cidades brasileiras, ficou em R$ 5.450,00 no mês passado. Os maiores valores foram observados em Brasília (R$ 9.098,00), Rio de Janeiro (R$ 8.158,00) e São Paulo (R$ 6.921,00); os menores, em Porto Alegre (R$ 4.435,00), Salvador (R$ 4.277,00) e Florianópolis (R$ 4.022,00).
  • PREÇO MÉDIO – II Já conforme o índice Fipe Zap, o preço médio do metro quadrado da construção, nas maiores cidades brasileiras, ficou em R$ 6.979,00 no mês de agosto. Os campeões foram Rio de Janeiro (R$ 9.534,00), Brasília (R$ 8.486,00) e São Paulo (R$ 7.451,00); na lanterna ficaram Vitória (R$ 4.266,00), São Bernardo do Campo (R$ 4.158,00) e Vila Velha (R$ 3.697,00).
  • CONVENÇÃO CONDOMINIAL Apesar da convenção ser a lei interna de um condomínio edilício, podem haver nela normas abusivas passíveis de questionamento. Exemplo disso é quando a incorporadora, encarregada por força de lei de, nos prédios novos, elaborar a convenção, institui que as unidades autônomas ficam isentas do pagamento das contribuições condominiais até serem vendidas.