Notas do Mercado Imobiliário – semana de 12 a 18 de agosto

11 de agosto de 2013
  • USADOS NA DIANTEIRA Depois do grande boom dos imóveis na planta, verificado nos anos 2009/2011, os usados começam lentamente a reocupar um lugar de destaque no mercado, abarcando cerca de 60% de todos os negócios imobiliários realizados no País (nas grandes capitais, chega a 80%). Nos EUA, os imóveis usados representam, historicamente, cerca de 90% das transações imobiliárias.
  • AQUISIÇÃO EM UM MÊS O tempo perdido com a burocracia para a compra de um imóvel pode cair de quatro meses para menos de um, se for aprovado projeto em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. O objetivo é concentrar na matrícula de um imóvel todos os atos jurídicos que lhe dizem respeito, de forma que, para o comprador, valerão apenas os ônus que estiverem registrados no momento da alienação do bem.
  • FUSÃO IMOBILIÁRIA A fusão da Crédito Real com as imobiliárias City e Mário Espíndola forma o mais novo grupo imobiliário gaúcho, que pretende enfrentar gigantes como a Lopes e a Brasil Brokers no RS. A nova empresa passa a trabalhar sob a marca Imóveis Crédito Real, com 12.000 imóveis em carteira e um movimento de R$ 120 milhões por ano.
  • DESISTÊNCIA DA COMPRA Está se consolidando na jurisprudência o entendimento que atraso na entrega de imóvel adquirido na planta ou em construção, gera para o comprador o direito de desistir do negócio, recebendo à vista e com juros o valor até então pago por conta do preço contratado. Claro que essa é só uma das possibilidades dadas ao consumidor, que alternativamente pode exigir a entrega do bem e indenizações.
  • 12% EM 12 MESES Segundo o Índice FipeZap, apurado com base em anúncios digitais postados em 16 grandes cidades, o preço médio do metro quadrado alcançou R$ 6,9 mil em julho. Nos seis primeiros meses de 2013, houve uma alta de 7,3% ao passo que nos últimos 12 meses ocorreu um aumento de 12%. O aumento mostra que o mercado imobiliário não foi contaminado pelo cenário adverso da economia.
  • CONCENTRAÇÃO URBANA Há já alguns anos, o Brasil passou a ser um dos líderes mundiais em concentração demográfica urbana: aproximadamente 85% da nossa população, ou cerca de 168 milhões de pessoas, vive em cidades. Por conta disso, apareceram novos centros de valorização nas cidades de médio e grande porte, que repartiram riqueza e fizeram surgir patrimônios economicamente consideráveis. E o processo continua.
  • CONTRATOS DE GAVETA Apesar não serem tão usados hoje como no passado, ainda é considerável a quantidade dos chamados “contratos de gaveta” que circulam no mercado. Como esse tipo de instrumento é celebrado entre o mutuário original e um comprador desconhecido do agente financeiro, os riscos são grandes para o adquirente, pois a propriedade não pode ser registrada em seu nome.
  • LUXO NA PRAIA Vender imóveis luxuosos em praias da moda está se tornando um trabalho difícil. Por conta disso, há empresas comercializando casas milionárias em condomínios fechados, para uma dúzia de pessoas diferentes ao mesmo tempo. Cada uma paga 1/12 do preço e fica com a propriedade proporcional do imóvel, com direito de usá-lo em determinadas épocas do ano.
  • FGTS NÃO É BARATO Pouca gente faz as contas, mas liberar recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para a compra de imóvel sem financiamento não é barato. Todos os bancos cobram uma taxa para fazer esse serviço, que inclui tarefas administrativas, jurídicas e de engenharia (avaliação). Nenhum deles deixa por menos de R$ 800,00, pagável à vista.