Notas do Mercado Imobiliário – 6 a 12 de janeiro de 2014

5 de janeiro de 2014
  • VALORIZANDO Com base naquilo que o mercado melhor acatou em 2013, deu para perceber que imóvel localizado perto de praças ou parques, com fácil acesso a boas vias de trânsito e com projeto arquitetônico diferenciado, acabou se valorizando mais e tendo maior liquidez que os demais. Das menores às maiores cidades, o comportamento do comprador foi muito semelhante.
  • DESVALORIZANDO Na outra ponta, no ano que passou, o mercado mostrou certa má vontade com imóveis localizados em zonas não tão seguras, muito movimentadas, agitadas à noite ou com ruas passíveis de engarrafamento. Nesses casos, a tendência foi a desvalorização e a dificuldade na venda do imóvel – tanto do novo quanto do usado. Um quadro que deve se repetir em 2014.
  • PRESERVANDO Numa época em que a oferta de imóveis novos é expressiva e as facilidades de financiar são muitas, os proprietários de imóveis usados à venda não podem se descuidar da sua conservação. Fazer uma pintura nova, com cores claras e neutras, e manter o imóvel limpo e bem cuidado, são medidas essenciais para se evitar a depreciação e acelerar um negócio.
  • NOVOS PARÂMETROS Como hoje em dia locomoção já não é mais problema para ninguém – quase todos os imóveis têm ao menos um carro na garagem -, açougue, farmácia, mercado etc. já não precisam ficar tão perto das casas quanto antigamente. Nas capitais, até a proximidade com shoppings já não é tão bem vista como no passado, especialmente por causa do grande trânsito que atraem.
  • COM VARANDA Dado interessante: ao menos na cidade de São Paulo, praticamente todos os apartamentos lançados nos últimos cinco anos, com área privativa superior a 65 m², tinham varanda – um item, hoje, quase que obrigatório. Esse ambiente, além de dar certa “sensação de liberdade” para alguns, ou de “retorno à casa” para outros, também pode simular a experiência de um quintal.
  • MÚTUO FGTS Segundo estimativas da Caixa Econômica Federal, com o aumento do limite para a aquisição de imóvel com recursos do FGTS, 5,4% dos contratos de empréstimo imobiliário passaram a se enquadrar no novo teto. Vale lembrar que esses empréstimos são realizados pelo Sistema Financeiro da Habitação, cujos juros máximos devem respeitar o limite de 12% ao ano.
  • AINDA EM FALTA Apesar de volta e meia alguém falar em “bolha imobiliária”, pelo que se viu em 2013 ela deverá passar longe de 2014. E isso porque, se é real que em algumas regiões do País os lançamentos ficaram concentrados em unidades de alto padrão, que enfrentam alguma dificuldade de escoamento, também é verdade que 85% do mercado é formado por compradores com renda familiar mensal de até 10 salários mínimos, longe de serem completamente atendidos.
  • EXPECTATIVAS 2014 – I No final de 2013, o Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica (NRE-Poli) da USP reuniu-se com empresários e executivos do ramo imobiliário para debater as expectativas para 2014. O Grupo concluiu que os preços dos terrenos devem continuar impactando o custo dos empreendimentos, mas que em algumas cidades, como Brasília, Manaus, Salvador e Vitória, os preços devem cair.
  • EXPECTATIVAS 2014 – II De acordo com o NRE-Poli, em 2014 o perfil dos imóveis não deverá mudar, a velocidade das vendas acompanhará o desempenho do ano passado, com viés para baixo, e o crédito imobiliário deverá se manter no mesmo patamar de 2013. Ainda conforme o Grupo, a busca por imóveis residenciais manterá padrão equivalente ao crescimento populacional brasileiro.