Notas do Mercado Imobiliário – 30 de junho a 6 de julho de 2014

30 de junho de 2014
  • IGP-M EM QUEDA O Índice Geral de Preços de Mercado, que é apurado pela Fundação Getúlio Vargas nos dias 20 de cada mês, apontou uma deflação de 0,74% em junho. É a maior queda verificada nos últimos onze anos. Em maio, o IGP-M já tinha caído 0,13%. No acumulado de 2014, o Índice registra alta de 2,45%, ao passo que nos últimos 12 meses o aumento é de 6,24%. Bom para quem paga.
  • NÃO DESCE, SOBE Para o economista Ricardo Amorin, mais conhecido por sua participação no programa televisivo Manhattan Connection (Globonews), quem está esperando o final da Copa do Mundo para comprar um imóvel, apostando na queda dos preços, equivoca-se. Para o comentarista, o mais provável é que ocorra o contrário – opinião compartilhada pelo Sindicato da Habitação de São Paulo.
  • NÃO HÁ BOLHA O mesmo Ricardo Amorin duvida da existência de uma bolha imobiliária no País. Isso porque o brasileiro precisa gastar 13 anos de salário para comprar sua moradia, o que coloca o Brasil num cômodo 48º lugar em uma lista de 123 países. Por outro lado, para que uma bolha estourasse, o crédito imobiliário teria que superar 50% do PIB, e no Brasil essa relação é inferior a 10%.
  • NOVA FASE DO PMCMV O Governo Federal deverá anunciar nesta semana o lançamento da terceira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida, cuja meta é a construção de mais 3.000.000 de moradias populares (que pode ser ampliada para 4 milhões). Entre 2011 e 2013, foram investidos cerca de R$ 328 bilhões no PMCMV; para a terceira etapa, o Governo deve aportar mais de R$ 130 bilhões.
  • JUROS IMOBILIÁRIOS As incertezas a respeito de um novo aumento na taxa Selic e sobre a forma de correção das contas do FGTS, em apreciação pelo STF, estão alimentando as especulações sobre uma alta nos juros dos mútuos habitacionais. Os analistas acreditam que, se for mantido o cenário econômico atual, será inevitável que no médio prazo as correções alcancem o crédito habitacional.
  • MAIS CRÉDITO Segundo informou o Banco Central, as operações de crédito imobiliário tendo como beneficiárias as pessoas físicas, subiu 2,4% no mês de maio, na comparação com abril. Considerados os últimos 12 meses, o aumento chegou a 30%. Conforme o BC, R$ 38,254 bilhões referem-se a financiamentos a taxas de mercado, e R$ 338,275 bilhões a taxas chamadas de “reguladas”.
  • A FORÇA DA INTERNET Pesquisa do Ibope apontou que ao menos metade das pessoas que adquiriram imóveis, utilizaram a internet como principal mecanismo de decisão. Ofertas publicadas no meio virtual por imobiliárias e corretores, e anúncios de construtoras em portais imobiliários, foram as principais fontes usadas pelos compradores na hora de escolherem seus novos imóveis.
  • FASANO NO RAMO Uma das maiores empresas do setor imobiliário do País, a JHSF Participações comunicou ao mercado a aquisição, pela sua controlada indireta Hotel Marco Internacional, dos 13 restaurantes do Grupo Fasano e dos direitos relacionados à utilização da conhecida marca, por R$ 53 milhões. É possível que num futuro próximo vejamos a marca Fasano em imóveis de alto padrão.
  • TAXA DE LAUDÊMIO Laudêmio é uma taxa de 5%, calculada sobre o valor venal ou da transação de imóvel, a ser paga no momento em que acontece a transação onerosa, com escritura definitiva dos direitos de ocupação ou aforamento de terrenos da União Federal – como os terrenos de marinha. O Decreto-Lei nº 9.760, de 1946, define o que são terrenos de marinha em seu artigo 2º.