Notas do Mercado Imobiliário – 13 a 19 de janeiro de 2014

12 de janeiro de 2014
  • MERCADO OTIMISTA Em 2013, a valorização imobiliária superou de longe a inflação medida pelo IGP-M (5,51%), e em 2014 a expectativa é que o mesmo fato se repita. Animam os empreendedores o crescimento da renda da população e o baixo nível de desemprego, além do fato de vivenciarmos um ano eleitoral. Além disso, hoje os estoques de imóveis novos são inferiores aos de um ano atrás.
  • CRÉDITO IMOBILIÁRIO De acordo com o Banco Central, o crédito imobiliário no País, até o mês de novembro de 2013, já havia alcançado a casa dos R$ 333 bilhões. Apenas nos primeiros 11 meses do ano passado, os empréstimos montaram R$ 99 bilhões – um aumento de 31% na comparação com igual período de 2012. Para 2014, a previsão é que esse tipo de crédito continue crescendo acima da média.
  • EMPRÉSTIMOS FACILITADOS As mudanças introduzidas no crédito imobiliário na última década, facilitaram a expansão do mercado de imóveis. A renda mínima exigida para a contratação de um mútuo imobiliário, por exemplo, foi reduzida ao longo dos anos; em 2005, era necessária uma renda familiar de pelo menos quinze salários mínimos, exigência essa que caiu atualmente para cinco salários.
  • POUPANÇA RECORDE A poupança encerrou o ano de 2013 com 42,9% a mais de recursos que em 2012. Apenas no último mês de dezembro, houve uma captação positiva de R$ 11,2 bilhões, o maior valor mensal desde 1995. Como não existe no horizonte nenhum sinal que a poupança poderá sofrer qualquer espécie de retração em 2014, dinheiro não deverá faltar para financiar o mercado imobiliário via SFH.
  • IMÓVEIS EM ALTA Segundo o índice FipeZap, os preços dos imóveis prontos tiveram uma alta média de 13,7%, em 2013, nas principais cidades. Apesar do crescimento ter sido um pouco menor que em 2012, os analistas avaliam positivamente a performance do mercado, principalmente porque uma boa parte do aumento ocorreu no segundo semestre do ano passado, devendo repercutir em 2014.
  • ESTAMOS EM 7º Conforme a Knight Frank, consultoria imobiliária londrina, o Brasil é o sétimo país do mundo onde os imóveis tiveram a maior valorização anual. Entre os dez primeiros, estamos atrás de Dubai, China, Hong Kong, Taiwan, Indonésia e Turquia, e na frente da Colômbia, Alemanha e Estados Unidos – nessa ordem. Os preços das residências nos países estudados já seriam 4% maiores que o pico, verificado em 2008.
  • LIMITE DOS JUROS O Banco Central fixou em 12,6726% ao ano a taxa máxima de juros para uso, em janeiro, nos contratos de financiamentos imobiliários prefixados do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). É uma consequência da remuneração básica dos depósitos de poupança ter sido estipulada em 0,6005% para o mesmo mês. O mercado estima que essas taxas não devem variar no curto prazo.
  • ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS O endividamento dos brasileiros com o sistema financeiro nacional atingiu um novo patamar, alcançando 45,38% da renda no mês de outubro de 2013 – recorde da série histórica iniciada pelo Banco Central em 2005. Todavia, quando abatidos os débitos de natureza imobiliária, que também representam um investimento, esse endividamento de reduz em um terço, caindo a 30,08%.
  • DIVERGÊNCIA DIRIMIDA A Receita Federal, através da Solução de Divergência nº 39, acaba de reconhecer que as incorporadoras imobiliárias, se optantes pelo regime de tributação do lucro presumido, e com vistas ao pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, podem reconhecer sua receita pelo regime de caixa ou de competência.