Notas do Mercado Imobiliário – semana de 21 a 27 de maio

20 de maio de 2012
  • SETOR IMOBILIÁRIO DERRUBA BOLSA O mercado não gostou nem um pouco dos balancetes do primeiro trimestre, divulgados esta semana pelas principais empresas do setor imobiliário com ações negociadas na Bovespa, dentre elas a MRV Engenharia, a PDG Realty, a Brookfield, a Gafisa e a Cyrela. Todos mostraram resultados muito aquém do desejado, fazendo com que suas ações – já pressionadas pelo cenário pessimista para o setor imobiliário – sofressem forte queda e permanecessem na ponta negativa do Índice Bovespa.
  • QUICK RESPONSE CODE Mais um nome em inglês surge para ficar. O Código de Resposta Rápida, mais conhecido como QRCode, já visto em diversas placas e anúncios imobiliários, começa a ganhar força e espaço no mercado. Funcionando como uma espécie de código de barras, o QRCode permite que um celular, tablet ou aparelho com tecnologia apropriada o “leia”, ato que faz abrir diretamente no dispositivo, na hora, via internet, fotos, filmes e demais informações sobre um imóvel .
  • O TERROR DA MÍDIA IMPRESSA As novas tecnologias aplicadas ao setor imobiliário são o terror dos meios impressos, que atendiam sozinhos o mercado de imóveis. Os classificados dos jornais, principalmente, vem perdendo terreno para sites e portais de divulgação, que a cada dia estão caindo mais e mais nas graças dos consumidores. É que, além de serem gratuitos, esses meios permitem pesquisas ágeis, aprimoradas e que trazem grande volume de informação, incluindo fotografias em três dimensões; na outra ponta, o anunciante tem plenas condições de fazer a mensuração das buscas.
  • QUANTOS MÚTUOS SÃO POSSÍVEIS? Com base em regras que vigoraram durante muito tempo no passado, muita gente ainda pensa que não é possível alguém contratar mais do que um financiamento habitacional. Hoje em dia, isso é válido apenas para os chamados empréstimos sociais, que tem juros menores, prazos maiores e até subsídios especiais. Contudo, no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), as pessoas podem contratar quantos empréstimos sua capacidade de pagamento suportar.
  • NA TERRA DOS PRECATÓRIOS Boa parte da classe média sabe que precatório é uma espécie de ordem que o Judiciário expede para que a Fazenda Pública promova o pagamento de dívida superior a 60 salários mínimos, decorrente de condenação judicial da União, Estados, Municípios, Autarquias ou Fundações de Direito Público. Pouca gente sabe, porém, que em vários estados e municípios brasileiros, essa ordem não é cumprida e o calote fica impune. Portanto, toda cautela é pouca para não se tornar credor por aluguel, comissão, indenização ou qualquer outro valor desse tipo de devedor.
  • À PROCURA DE NOVOS NICHOS O desaquecimento das vendas faz com que muitas imobiliárias busquem mercados alternativos. É o caso das que optaram por trabalhar com imóveis que necessitam de reforma, mas que, ao mesmo tempo, dão aos compradores a chance de personalizá-los ao seu gosto. Nessa linha, há também os nichos dos imóveis com vista privilegiada, mobiliados, próximos de áreas verdes etc. Compensando o baixo número de interessados, há o preço mais elevado.
  • A RESPONSABILIDADE CIVIL DOS CORRETORES Volta e meia ressurge a dúvida sobre até onde vão as responsabilidades dos corretores de imóveis, em razão de norma introduzida pelo art. 723 do novo Código Civil. Vão longe. É que essa disposição, combinada com o Código de Defesa do Consumidor e com a Resolução nº 326/92 do COFECI, obriga o profissional do mercado imobiliário a não recomendar qualquer operação capaz de colocar seu cliente em risco, a passar informações rigorosamente corretas sobre uma transação e a não omitir detalhes acerca de um negócio. Tudo sob pena de responder por perdas e danos.
  • SEGURO-FIANÇA EM EXPANSÃO De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o seguro-fiança movimentou no ano passado quase R$ 240 milhões de reais – um aumento de 25% em relação a 2010. O crescimento dessa modalidade de garantia locatícia deve-se às exigências cada vez maiores feitas pelas imobiliárias para a aceitação de fiadores, e também à baixa disposição dos inquilinos de passarem pelo constrangimento de pedir um favor a parentes e amigos ou mesmo a terceiros.
  • REDUÇÃO DE JUROS NÃO BASTOU Conforme a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, a redução dos juros promovida pelo Governo Federal foi insuficiente para levar mais crédito aos consumidores. De acordo com a entidade, o maior problema está nas restrições criadas pelas instituições financeiras, no momento da concessão do crédito. Em 2011, segundo a mesma associação, 80% dos pedidos eram aprovados; atualmente, apenas 20% o são.