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Notas do Mercado Imobiliário – 20 a 26 de outubro de 2014

19 de outubro de 2014
  • ONZE MILHÕES DE MORADIAS Recente pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, denominada Políticas Permanentes de Habitação, aponta para a necessidade de serem construídas mais de 11 milhões de moradias sociais no País – isso apenas para suprir metade do déficit habitacional que existirá em 10 anos, com o surgimento de 16,8 milhões de novas famílias. Para tanto, serão necessários recursos na ordem de R$ 760 bilhões. Um senhor mercado.
  • UM MOTOR CHAMADO PMCMV O mesmo trabalho da Fundação Getúlio Vargas também revelou que o Programa Minha Casa, Minha Vida gerou impactos diretos no setor da construção civil, como um valor agregado de R$ 70 bilhões e a criação de 1,2 milhão de empregos (23% de todos os postos de trabalho gerados pelo mercado da construção de 2008 a 2012). Até julho de 2014, as 3,5 milhões de unidades contratadas no âmbito do PMCMV responderam por um investimento superior a R$ 223 bilhões.
  • PIB DE DAR INVEJA Ainda conforme a FGV, entre 2008 e 2012 o PIB da construção civil elevou-se 33,2%, enquanto que o PIB das empresas da área aumentou nada menos que 76,7%. A título de comparação, o PIB brasileiro subiu 17% no mesmo período. São números recordes na história do Brasil, que os operadores do mercado imobiliário desejam manter com a consolidação das políticas públicas para o setor.
  • BENFEITORIA E ACESSÃO Como muita gente ainda confunde benfeitoria com acessão, aqui vai uma rápida explicação: considera-se benfeitoria a obra realizada em um imóvel, visando melhorá-lo ou conservá-lo (exemplo: instalação de um interfone); já acessão é o acréscimo feito a um imóvel, pela Natureza ou por vontade humana (exemplo: construção de casa sobre um terreno).
  • PARTICIPAÇÃO EM CONDO-HOTÉIS A Comissão de Valores Mobiliários decidiu que oferta pública de participação em condo-hotéis deve ficar submetida às regras do mercado de títulos. De acordo com a CVM, a venda de quotas ou frações desses empreendimentos não se equipara às negociações de unidades autônomas em condomínios edilícios, pois estas estão sujeitas às regras das incorporações imobiliárias.
  • MUNDO VIRTUAL EM ALTA De acordo com o Secovi/SP, 90% das buscas por imóveis tem início na internet. Normal, quando se sabe que mais de 40% das vendas das grandes construtoras brasileiras começam on line. As estatísticas também informam que, mensalmente, cerca de 4 milhões de pessoas acessam sites relacionados com imóveis. Outro dado interessante, é que 2/3 dos internautas usam a internet para pesquisar mercadorias que querem comprar off line.
  • ALUGUÉIS DOBRARAM DE VALOR Estudo produzido pela imobiliária paulista Coelho da Fonseca, mostrou que o valor médio do aluguel de apartamentos, na cidade de São Paulo, dobrou nos últimos seis anos. Em 2008, o preço médio do metro quadrado era de R$ 21,00, pulando para R$ 42,30 neste ano. O maior aumento ocorreu em 2011, quando os locativos subiram quase 30% em relação a 2010. O momento atual é de estabilidade.
  • CONFUSÃO CONDOMINIAL A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça decidirá, nos próximos dias, se o devedor das despesas condominiais geradas por uma unidade autônoma é a pessoa em cujo nome o imóvel está matriculado, ou quem detém sua posse em virtude de contrato particular não registrado. Após esse julgamento do STJ, nenhum outro recurso defendendo tese contrária será aceito pela Justiça.
  • ANEXOS AOS CONTRATOS Embora muitos contratantes não saibam, os instrumentos de compra e venda de imóveis na planta têm sempre dois anexos: o memorial descritivo da obra, arquivado no registro imobiliário, e sua publicidade, mesmo que não ostensiva. Isso em virtude da Lei das Incorporações e também do Código de Defesa do Consumidor, que vinculam o memorial e a publicidade ao negócio entabulado.

 

Notas do Mercado Imobiliário – 22 a 28 de setembro de 2014

21 de setembro de 2014
  • QUEM PODE TOMAR EMPRÉSTIMO Simulações feitas pelo Canal do Crédito – site comparador de custos de financiamentos – junto aos bancos oficiais, indica que uma família com renda de R$ 6 mil está apta a financiar um imóvel de R$ 186 mil, dando uma entrada de 10% e parcelando o saldo em 30 anos. As famílias com renda inferior a R$ 6 mil só conseguem financiar imóveis incluídos em programas de incentivo.
  • CEF DIVULGA DADOS DO PMCMV Para a Caixa Econômica Federal, o Minha Casa, Minha Vida já beneficiou 6,8 milhões de pessoas (52% com renda até R$ 1.600,00, 39% com renda até R$ 3.275,00 e 9% com renda entre R$ 3.275,01 e R$ 5.000,00), promovendo a entrega de 1,7 milhão de moradias. Até junho de 2014, foram investidos R$ 217 bilhões no PMCMV, proporcionando a geração de 80 mil empregos. Todos os candidatos à Presidência da República já assumiram o compromisso de manter o Programa, se eleitos.
  • NOVOS ESTÍMULOS AO PMCMV Um dos maiores pleitos do setor imobiliário ao Governo Federal foi atendido, com a ampliação da fase 2 do Programa Minha Casa, Minha Vida. Foram acrescentadas mais 350.000 economias habitacionais ao PMCMV e prorrogado o Regime Especial de Tributação por mais quatro anos. De acordo com a FGV, nos próximos 10 anos o Brasil necessitará de mais 15 milhões de moradias, sendo 11 milhões para pessoas que ganham até 5 salários mínimos.
  • COMISSÃO PODE SER COBRADA A Turma de Uniformização dos Juizados Especiais de São Paulo decidiu que é possível ser exigida do comprador a comissão de corretagem decorrente de uma transação imobiliária, ainda que a negociação tenha ocorrido dentro de stand da incorporadora; para tanto, basta que a intermediação haja sido livremente contratada. O TJSP e o JEC gaúcho têm posição contrária.
  • MAIS BRASILEIROS ON LINE Segundo o IBGE, mais da metade das casas brasileiras têm acesso à internet. Quem comemorou essa informação foi o mercado imobiliário, que ocupa cada vez mais espaços on line visando a divulgação das suas ofertas. E não é para menos, na medida em que a disponibilização de fotografias e filmes passou a ser item determinante para quem quer vender e alugar.
  • PINTAR DE BRANCO NÃO RESOLVE Saudada como uma solução sustentável, pintar o telhado de branco pode não solucionar problemas relativos ao conforto térmico, segundo um estudo realizado na Poli-USP. Isso porque, como as tintas imobiliárias são suscetíveis ao crescimento de fungos escuros, ao ser atacado por micro-organismos o telhado volta a absorver a mesma quantidade de calor devido à cor.
  • LOCALIZAÇÃO É FUNDAMENTAL Pesquisa efetuada pelo portal VivaReal demonstrou que para 52,7% dos interessados em adquirir um imóvel, o endereço é o critério mais relevante; a seguir, vem a facilidade de acesso ao transporte público, a distância dos estabelecimentos comerciais e, por fim, o preço. O resultado mostra que os compradores buscam em primeiro lugar escolher a região para, somente depois, verificar quais imóveis cabem no seu orçamento.
  • FIANÇA LOCATÍCIA Conforme determina a Lei do Inquilinato, o locador só pode exigir um tipo de garantia do locatário para garantir o contrato de locação: caução (em dinheiro, móveis ou imóveis), fiança, seguro de fiança ou cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. Com relação à fiança, contudo, o locador é livre para pedir quantos fiadores quiser, e ainda estipular renda e patrimônio mínimos.
  • PAULISTAS NAS NUVENS Como a maioria dos bilionários brasileiros mora em São Paulo, nada mais natural que a capital paulista concentrar alguns dos metros quadrados mais caros do País. Levantamento realizado pelo site 123i mostra que exclusividade, localização, número de elevadores e pé direito são fatores determinantes para a fixação de preços superiores a R$ 20 milhões para alguns apartamentos.

 

Notas do Mercado Imobiliário – 21 a 27 de julho de 2014

20 de julho de 2014
  • SUPERSIMPLES PARA CORRETORES O Senado aprovou, na última semana, projeto de lei que universaliza o acesso do setor de serviços ao Simples Nacional, o Supersimples – um regime de tributação simplificado para micro e pequenas empresas que inclui, a partir de agora, a categoria dos corretores de imóveis. A lei passará a vigorar apenas no primeiro dia do ano seguinte ao da sua publicação.
  • DESABAMENTO PAULISTA As vendas de imóveis novos na capital paulista diminuíram 36,5% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2013, de acordo com o Secovi/SP. Na comparação com abril, o tombo foi de apenas 3,1%. Segundo o Sindicato da Habitação, a redução das transações foi motivada pela Copa do Mundo, mas nos primeiros cinco meses do ano, as vendas foram 41,4% inferiores às do mesmo período de 2013.
  • RECORDE DE LANÇAMENTOS De outro lado, o número de apartamentos lançados na cidade de São Paulo nos últimos três anos atingiu a histórica marca de 99.014 unidades. Segundo a Inteligência de Mercado da Lopes, que realizou o levantamento, foram lançados 808 empreendimentos, com 1.169 torres, sendo 10% de padrão popular, 27% econômicos, 36% de médio padrão, 17% de alto padrão e 10% de alto luxo.
  • DESPEJO DE INADIMPLENTE O Superior Tribunal de Justiça reforçou o entendimento que não é necessária a prova de propriedade do imóvel para o locador propor ação de despejo de locatário inadimplente. Trata-se de questão relativamente comum na área do Direito, mas que muita gente não compreende. É que, para ser locador de um imóvel, ninguém necessita ter a propriedade do mesmo, basta ser possuidor.
  • ANIMAL EM CONDOMÍNIO Recente decisão de tribunal estadual julgou ilegal artigo de convenção condominial que obrigava os moradores a carregarem seus animais de estimação no colo até a saída do condomínio. Conforme a decisão, as normas que regem um condomínio podem impedir que os “pets” passeiem em áreas de uso comum, mas não que transitem no chão em direção à rua.
  • POLIGAMIA? Já outro tribunal estadual, reconheceu que uma mulher que manteve um relacionamento extraconjugal com um homem casado falecido, tem direito à partilha dos seus imóveis. Para os desembargadores, o pedido formulado preenchia todos os requisitos necessários para configurar uma união estável, como a convivência pública, contínua e duradoura. Precedente aberto….
  • PROTEÇÃO DO COMPRADOR A jurisprudência da Segunda Seção do STJ consolidou entendimento no sentido de ser possível a resolução de um compromisso de compra e venda diante da incapacidade econômica do comprador. Nesses casos, o STJ tem entendido que a retenção de um percentual de 10% a 25% do valor pago, é razoável para cobrir as despesas administrativas do vendedor. Acho pouco.
  • VENDAS ILEGAIS A Caixa Econômica Federal e a Polícia Federal já estão investigando a venda ilegal de imóveis financiados pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. Este tipo de imóvel só pode ser vendido ou alugado passados dez anos da assinatura do contrato de financiamento; antes disso, só se o proprietário quitar o empréstimo e devolver integralmente o valor do subsídio recebido do governo.
  • OITO CÔMODOS EM 39 M² Empresário americano desenvolveu um projeto que faz caber oito tipos de cômodos em um apartamento com meros 39 m² de área. Detrás da ideia, estão cortinas e paredes retráteis, que possibilitam a transformação de um espaço em outro: sala de jantar em dois dormitórios, sala de estar em escritório etc. É evidente que móveis embutidos e alta tecnologia também estão presentes.

 

Notas do Mercado Imobiliário – 7 a 13 de julho de 2014

6 de julho de 2014
  • IGP-M EM QUEDA O Índice Geral de Preços de Mercado, que é apurado pela Fundação Getúlio Vargas nos dias 20 de cada mês, apontou uma deflação de 0,74% em junho. É a maior queda verificada nos últimos onze anos. Em maio, o IGP-M já tinha caído 0,13%. No acumulado de 2014, o Índice registra alta de 2,45%, ao passo que nos últimos 12 meses o aumento é de 6,24%. Bom para quem paga.
  • NÃO DESCE, SOBE Para o economista Ricardo Amorin, mais conhecido por sua participação no programa televisivo Manhattan Connection (Globonews), quem está esperando o final da Copa do Mundo para comprar um imóvel, apostando na queda dos preços, equivoca-se. Para o comentarista, o mais provável é que ocorra o contrário – opinião compartilhada pelo Sindicato da Habitação de São Paulo.
  • NÃO HÁ BOLHA O mesmo Ricardo Amorin duvida da existência de uma bolha imobiliária no País. Isso porque o brasileiro precisa gastar 13 anos de salário para comprar sua moradia, o que coloca o Brasil num cômodo 48º lugar em uma lista de 123 países. Por outro lado, para que uma bolha estourasse, o crédito imobiliário teria que superar 50% do PIB, e no Brasil essa relação é inferior a 10%.
  • NOVA FASE DO PMCMV O Governo Federal anunciou o lançamento da terceira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida, cuja meta é a construção de mais 3.000.000 de moradias populares (que pode ser ampliada para 4 milhões). Entre 2011 e 2013, foram investidos cerca de R$ 328 bilhões no PMCMV; para a terceira etapa, o Governo deve aportar mais de R$ 130 bilhões.
  • JUROS IMOBILIÁRIOS As incertezas a respeito de um novo aumento na taxa Selic e sobre a forma de correção das contas do FGTS, em apreciação pelo STF, estão alimentando as especulações sobre uma alta nos juros dos mútuos habitacionais. Os analistas acreditam que, se for mantido o cenário econômico atual, será inevitável que no médio prazo as correções alcancem o crédito habitacional.
  • MAIS CRÉDITO Segundo informou o Banco Central, as operações de crédito imobiliário tendo como beneficiárias as pessoas físicas, subiu 2,4% no mês de maio, na comparação com abril. Considerados os últimos 12 meses, o aumento chegou a 30%. Conforme o BC, R$ 38,254 bilhões referem-se a financiamentos a taxas de mercado, e R$ 338,275 bilhões a taxas chamadas de “reguladas”.
  • A FORÇA DA INTERNET Pesquisa do Ibope apontou que ao menos metade das pessoas que adquiriram imóveis, utilizaram a internet como principal mecanismo de decisão. Ofertas publicadas no meio virtual por imobiliárias e corretores, e anúncios de construtoras em portais imobiliários, foram as principais fontes usadas pelos compradores na hora de escolherem seus novos imóveis.
  • FASANO NO RAMO Uma das maiores empresas do setor imobiliário do País, a JHSF Participações comunicou ao mercado a aquisição, pela sua controlada indireta Hotel Marco Internacional, dos 13 restaurantes do Grupo Fasano e dos direitos relacionados à utilização da conhecida marca, por R$ 53 milhões. É possível que num futuro próximo vejamos a marca Fasano em imóveis de alto padrão.
  • TAXA DE LAUDÊMIO Laudêmio é uma taxa de 5%, calculada sobre o valor venal ou da transação de imóvel, a ser paga no momento em que acontece a transação onerosa, com escritura definitiva dos direitos de ocupação ou aforamento de terrenos da União Federal – como os terrenos de marinha. O Decreto-Lei nº 9.760, de 1946, define o que são terrenos de marinha em seu artigo 2º.

 

Notas do Mercado Imobiliário – 30 de junho a 6 de julho de 2014

30 de junho de 2014
  • IGP-M EM QUEDA O Índice Geral de Preços de Mercado, que é apurado pela Fundação Getúlio Vargas nos dias 20 de cada mês, apontou uma deflação de 0,74% em junho. É a maior queda verificada nos últimos onze anos. Em maio, o IGP-M já tinha caído 0,13%. No acumulado de 2014, o Índice registra alta de 2,45%, ao passo que nos últimos 12 meses o aumento é de 6,24%. Bom para quem paga.
  • NÃO DESCE, SOBE Para o economista Ricardo Amorin, mais conhecido por sua participação no programa televisivo Manhattan Connection (Globonews), quem está esperando o final da Copa do Mundo para comprar um imóvel, apostando na queda dos preços, equivoca-se. Para o comentarista, o mais provável é que ocorra o contrário – opinião compartilhada pelo Sindicato da Habitação de São Paulo.
  • NÃO HÁ BOLHA O mesmo Ricardo Amorin duvida da existência de uma bolha imobiliária no País. Isso porque o brasileiro precisa gastar 13 anos de salário para comprar sua moradia, o que coloca o Brasil num cômodo 48º lugar em uma lista de 123 países. Por outro lado, para que uma bolha estourasse, o crédito imobiliário teria que superar 50% do PIB, e no Brasil essa relação é inferior a 10%.
  • NOVA FASE DO PMCMV O Governo Federal deverá anunciar nesta semana o lançamento da terceira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida, cuja meta é a construção de mais 3.000.000 de moradias populares (que pode ser ampliada para 4 milhões). Entre 2011 e 2013, foram investidos cerca de R$ 328 bilhões no PMCMV; para a terceira etapa, o Governo deve aportar mais de R$ 130 bilhões.
  • JUROS IMOBILIÁRIOS As incertezas a respeito de um novo aumento na taxa Selic e sobre a forma de correção das contas do FGTS, em apreciação pelo STF, estão alimentando as especulações sobre uma alta nos juros dos mútuos habitacionais. Os analistas acreditam que, se for mantido o cenário econômico atual, será inevitável que no médio prazo as correções alcancem o crédito habitacional.
  • MAIS CRÉDITO Segundo informou o Banco Central, as operações de crédito imobiliário tendo como beneficiárias as pessoas físicas, subiu 2,4% no mês de maio, na comparação com abril. Considerados os últimos 12 meses, o aumento chegou a 30%. Conforme o BC, R$ 38,254 bilhões referem-se a financiamentos a taxas de mercado, e R$ 338,275 bilhões a taxas chamadas de “reguladas”.
  • A FORÇA DA INTERNET Pesquisa do Ibope apontou que ao menos metade das pessoas que adquiriram imóveis, utilizaram a internet como principal mecanismo de decisão. Ofertas publicadas no meio virtual por imobiliárias e corretores, e anúncios de construtoras em portais imobiliários, foram as principais fontes usadas pelos compradores na hora de escolherem seus novos imóveis.
  • FASANO NO RAMO Uma das maiores empresas do setor imobiliário do País, a JHSF Participações comunicou ao mercado a aquisição, pela sua controlada indireta Hotel Marco Internacional, dos 13 restaurantes do Grupo Fasano e dos direitos relacionados à utilização da conhecida marca, por R$ 53 milhões. É possível que num futuro próximo vejamos a marca Fasano em imóveis de alto padrão.
  • TAXA DE LAUDÊMIO Laudêmio é uma taxa de 5%, calculada sobre o valor venal ou da transação de imóvel, a ser paga no momento em que acontece a transação onerosa, com escritura definitiva dos direitos de ocupação ou aforamento de terrenos da União Federal – como os terrenos de marinha. O Decreto-Lei nº 9.760, de 1946, define o que são terrenos de marinha em seu artigo 2º.

 

Notas do Mercado Imobiliário – 23 a 29 de junho de 2014

23 de junho de 2014
  • XADREZ E CORRETAGEM Matéria interessante publicada pela Redimob, compara o trabalho de um enxadrista com o do corretor. Tal como o jogador em relação ao seu oponente, o vendedor de imóveis também deve estudar previamente o comportamento do comprador, valendo-se de uma base de informações (disponível ou construir), sem esquecer de analisar o “jogo” depois que ele terminar.
  • LUCRO PRESUMIDO Para apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL, pelo regime do lucro presumido, deve ser aplicado o percentual de 8% e 12%, respectivamente, às receitas de juros e multas de mora emergentes do atraso no pagamento de prestações relativas à comercialização de imóveis, auferidas por pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias.
  • ISENÇÃO DO IPI A Câmara Federal está analisando projeto que concede aos corretores de imóveis, inscritos nos CRECI, o direito de adquirir automóveis destinados ao seu trabalho, com redução do IPI. Se a medida for aprovada, a isenção valerá para veículos de fabricação nacional, com motor de até 2.000 cilindradas, com no mínimo 4 portas, movidos a combustível renovável ou com sistema flex.
  • FESTA DE ARROMBA A Embraed, de Balneário Camboriú, encerrou com chave de ouro a campanha denominada A Grande Virada. Reunindo mais de mil corretores em um resort de propriedade do próprio grupo, a construtora distribuiu 30 automóveis para os profissionais que mais se destacaram em vendas, e ainda sorteou um Jaguar 0 Km. Não faz muito, o dono da empresa faleceu tragicamente.
  • NOVIDADES NO PMCMV De acordo com a Secretaria Geral da Presidência da República, a terceira fase do Programa Minha Casa, Minha Vida deverá ser lançada em breve. Pessoas que vivem em “situação de coabitação” — dividem o imóvel com outras famílias — ou que tenham “ônus excessivo do aluguel” — quando o gasto com a locação impacta muito na renda mensal —, também serão beneficiadas.
  • RESPONSABILIDADE PELO IPTU A responsabilidade pelo pagamento do IPTU deve ser rateada entre o vendedor e o comprador do imóvel, na exata proporção dos meses em que cada um teve a posse do bem. A cláusula que em contrato de promessa de compra e venda impõe ao comprador a obrigação de pagar todo o IPTU do ano em que o imóvel foi negociado, vem sendo considerada abusiva pelo Judiciário.
  • SHOPPINGS EM CRESCIMENTO De acordo com um estudo da Cushman & Wakefield, a área de vendas dos shoppings brasileiros deverá receber um acréscimo de 1.500.000 metros quadrados até 2017. O crescimento deve ficar concentrado na região Sudeste (60%). Para a empresa, os novos shoppings devem tomar a posição dos mais antigos, fazendo com que ocorra uma estabilização nos aluguéis.
  • COMPRAS NO ATACADO A corretora de imóveis norte-americana Redfin fez um levantamento mostrando quais cidades norte-americanas poderiam ser compradas por alguns dos maiores bilionários do mundo. Bill Gates, da Microsoft, poderia adquirir todas as 114.212 casas de Boston, enquanto Mark Zuckerberg, dono do Facebook, ficaria com os 139.124 imóveis de Saint Paul, no Minnesota.
  • LOCAÇÕES FORA Embora a corretagem esteja regulada nos arts. 722 a 729 do Código Civil, é certo que ela também está sujeita as normas do Código de Defesa do Consumidor. Há, porém, uma exceção. As relações locatícias não estão subordinadas a nenhum dos dois códigos, mas sim à Lei do Inquilinato, lembrando que o corretor – pessoa física ou jurídica – que administra a locação, não o faz em nome próprio, mas por procuração do locador.

 

 

Notas do Mercado Imobiliário – 2 a 8 de junho de 2014

1 de junho de 2014
  • FUGA DO CENTRO A verticalização das cidades, a escassez de terrenos e o aumento do número de veículos em circulação, estão fazendo com que as empresas passem a enxergar as regiões menos centrais como uma boa alternativa de investimento. Nas grandes metrópoles e mesmo nas de porte médio, as pessoas jurídicas estão optando por levar suas sedes para zonas menos turbulentas.
  • PREÇOS NAS ALTURAS O The Wall Street Journal prevê que mais de meio milhão de turistas visitem o Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo, levando às alturas os aluguéis por temporada. Segundo o jornal norte-americano, uma cobertura de três andares, no bairro de Ipanema, foi locada por R$ 1.500.000,00 – até o momento, o maior negócio conhecido. Ainda dá tempo de alguém bater o recorde.
  • IMÓVEL DE FIADOR Tramita no Senado um projeto de lei que visa impedir a penhora da residência do fiador em contrato de locação – hoje possível no caso de inadimplência do inquilino. Independentemente da discussão sobre ser ou não justa tal medida, o fato é que o mercado de aluguéis passará por turbulências se ela for aprovada. As seguradoras que oferecem o seguro fiança, certamente agradecerão.
  • CENÁRIO FAVORÁVEL Para a Federação Nacional dos Corretores de Imóveis, é provável que as compras que as pessoas programaram para 2015, sejam antecipadas para o segundo semestre deste ano. Motivos: os compradores estariam percebendo que os preços não devem cair mais e que será necessário um ajuste fiscal nas contas públicas, reduzindo o crédito no próximo ano.
  • EM COMPASSO DE ESPERA O Governo Federal adiou por tempo indeterminado o anúncio da terceira edição do Programa Minha Casa, Minha Vida, aparentemente por questões relacionadas com a campanha eleitoral que se avizinha. A divulgação da terceira etapa, antes do encerramento da atual, que tem metas previstas até o final de 2014, é importante para o planejamento do setor da construção civil.
  • CHEGARAM OS DRONES Chegou a vez do mercado imobiliário se beneficiar com a tecnologia dos Drones – aqueles veículos aéreos de observação, não tripulados, cujo tamanho varia conforme o uso, inicialmente utilizados só pelos militares. Como acontece com todos os equipamentos modernos, os preços caíram e hoje já é possível se comprar um Drone para filmagens aéreas por cerca de USD 200,00.
  • EMPATANDO COM A INFLAÇÃO Recente pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo apurou que a valorização das residências usadas, verificada nos últimos três anos, empatou com a inflação do período: 20,60% contra 19,39%. Para o CRECI-SP, essa constatação afasta de vez as especulações sobre a formação de uma bolha imobiliária, pelo menos no mercado de imóveis usados.
  • IDADE PARA FIANÇA Apesar de não existir lei proibindo pessoas idosas de prestarem fiança em contrato de locação, tampouco há alguma norma impedindo o locador de estabelecer critérios próprios para a aceitação de fiadores. Assim, da mesma forma que alguém sem bens ou renda pode ser rejeitado como fiador, uma pessoa com determinada idade também o pode.
  • OFERTA RESISTÍVEL Imóveis oferecidos ao mercado há mais de um ano, sem resultado, devem ter suas ofertas repensadas. É preciso avaliar-se, principalmente, se a publicidade está sendo efetiva – e corretamente disponibilizada na internet – e se o imóvel está apresentável aos olhos dos interessados. Qualquer falha em um desses dois motores e a venda estará prejudicada.