Notas do Mercado Imobiliário – semana de 9 a 15 de dezembro

8 de dezembro de 2013
  • PREVISÕES CONTRARIADAS Contra as previsões de alguns economistas, que estimavam uma perda de fôlego do mercado imobiliário em 2013, o Índice Fipe/Zap revelou que os preços dos imóveis prontos tiveram um aumento médio de 13,8% nos últimos doze meses. Em novembro, Florianópolis liderou o ranking das maiores altas de preços, com elevação de 2,3%.
  • AQUECIMENTO PAULISTA Outro indicativo que o mercado ainda está aquecido, é o fato de nos dez primeiros meses deste ano, o total de unidades lançadas na capital paulista ter recebido um incremento de 24,1% sobre igual período do ano passado. Já as vendas em 2013, superaram o total de unidades vendidas durante todo o ano de 2012 (em valores, o volume foi 41,4% superior). Dados do Secovi-SP.
  • DINHEIRO DISPONÍVEL Para a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, a expansão do crédito imobiliário em 2014 variará de 15% a 20%. Entre janeiro e outubro deste ano, esse crédito já cresceu 34%, ante o mesmo período do ano passado, atingindo R$ 88 bilhões – mais do que todo o ano de 2012. Estima-se que os empréstimos destinados à compra e à construção de imóveis ultrapassem os R$ 100 bilhões ainda em 2013.
  • DÉFICIT HABITACIONAL Apesar do déficit habitacional no País ter caído de 10% (2007) para 8,53% (2012), os que têm renda familiar de até 3 salários mínimos viram esse déficit se elevar de 70,7% (2007) para 73,6% (2012). Por isso, a maior parte das 5,24 milhões de residências que ainda precisam ser construídas no Brasil, têm como candidatos pessoas das classes D e E.
  • MAIS CRÉDITO A fatia do crédito imobiliário em relação ao Produto Interno Bruto subiu para 8% no fim de outubro. Mas, de acordo com a Abecip, esses financiamentos têm condições de crescer ainda mais, sem risco de bolha, porque majoritariamente os brasileiros adquirem o imóvel para morar e não para especular. Além disso, no Brasil o valor médio dos empréstimos representa apenas 62% do preço dos imóveis financiados, contra até 100% nos países que enfrentaram bolhas.
  • APORTE CAIXA A CEF alterou sua linha de refinanciamento chamada Aporte Caixa, que passou a se chamar Crédito Imóvel Próprio Caixa. A operação consiste basicamente num empréstimo, cujo teto não pode ultrapassar 60% da avaliação de um imóvel de propriedade do mutuário (residencial, comercial ou terreno). O imóvel fica alienado fiduciariamente à Caixa e a devolução do valor tomado pode ser feita em até 25 anos, com juros de 1,1% a 1,5% ao mês, mais TR.
  • COBRANÇA INDEVIDA Quem vende um imóvel na planta, pode incluir no contrato cláusula de correção monetária do saldo devedor, baseada em qualquer dos índices disponíveis no mercado. No entanto, vencido o prazo estipulado para a entrega da unidade negociada sem que isso ocorra, a partir de então o promissário comprador fica desobrigado de continuar suportando tal correção.
  • BOLHA ESQUECIDA Cinco anos depois do estouro da sua bolha imobiliária, o mercado norte-americano voltou a dar sinais de pujança. Em Miami, por exemplo, no terceiro trimestre de 2013 a venda de casas subiu 21,2% e a de apartamentos 8,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Outubro, foi o 23º mês seguido de aumento dos preços – com a ajuda dos compradores brasileiros.
  • PREFERÊNCIA LATINA Por falar em mercado imobiliário de turismo, na América Latina o preferido dos brasileiros continua a ser o de Punta del Este. Ainda perdemos dos argentinos, mas já ganhamos dos próprios uruguaios quando o assunto é aquisição de casas no famoso balneário uruguaio. E isso que lá, ao contrário do que acontece nos EUA, não existe financiamento bancário para a compra.